AMBIENTE, MUDANÇAS E NOVOS APRENDIZADOS:
- Zéh Barreto
- 5 de jan. de 2021
- 4 min de leitura
BY ZÉH BARRETO
A importância de ambientes na construção de cenários estratégicos futuros, envolvimento individual e mudanças.
"A mudanças acontecem quando nos permitimos aflorar nossas sensações percebendo nossos limites e trabalhando-os na prática."

Vivemos em nosso mundo momentos de diferentes realidades se comparando há anos, décadas e séculos anteriores.
Situações similares ao que já vivemos, não geram soluções efetivas nem nos deixam em ambientes de tranquilidade e segurança.
Mas o que realmente prova que estamos vivendo momentos consideráveis diferentes? Como entendemos estas mudanças?
Para entender nossa história, é fundamental, respeitar e compreender os avanços gerados da trajetória do homem e seus contextos.
Conceitos de vida e morte, analises filosóficas, mudanças de comportamentos, avanços tecnológicos e diferentes formas de entender uma mesma realidade, são alguns dos exemplos que nos colocam de frente à questionamentos tão presentes em nossa atualidade quanto antigamente.
Parece que seguimos com mais perguntas sem muito encontrar uma resposta definitiva.
A diferença pontual, é que com os avanços, desenvolvemos a capacidade de ampliar as possibilidades de analises, aprofundando e apontando cenários que nos aproxima de possíveis respostas e ações que indiquem caminhos desconhecidos.
O que nos faz acelerar para realidades diferentes e tão distantes das antigas concepções? Como desenvolvemos esta capacidade de transitar tão velozmente para novos pontos de vistas? Que conflitos ou efeitos estas mudanças interferem em todo nosso contexto social?
Será que ainda são as respostas certas que todos buscam ou somente queremos entender melhor para vivermos melhor?
Estas são apenas algumas das infinitas perguntas que rondam o mistério em diversas áreas da vida.
O conhecimento seria a melhor opção para organizarmos novas consciências em nossas vidas e por conseqüência nas organizações? Os nossos contextos e ambientes tem interferências diretas nessas respostas?
Quando a neurociência entra de forma efetiva em estudos pautados por análises ligados ao nosso funcionamento, acabamos abrindo uma porta infinita de descoberta relacionada aos nossos avanços individuais e por consequência em nossos meios de atuação.
Na abertura da caixa misteriosa chamada cérebro, os cientistas tem projetado contextos significativos que podem auxiliar em nossas práticas do dia a dia.
Ter um modelo mental onde atue na velocidade das transformações atuais fica cada vez mais evidente para que possamos gerar novos cenários e soluções diferentes.
Nossos avanços acontecem a medida em que vivemos experiências e a partir delas construimos nossas realidades e formas de respostas.
Mas onde quero chegar?
Em cenários atuais de mudanças aceleradas e de incertezas é fundamental levar em consideração os ambientes e contextos que fazem parte destes cenários.
Somos a equação de nossa estrutura física, ambiente em que vivemos e suas respostas, construídas a partir destes dois pontos.
Quando falo estrutura física refiro-me a toda complexidade que envolve o corpo humano, e entrar em detalhes aqui, seria impossível.
A construção de ambiente é fundamental para o alcance de resultados mensuráveis, pois atuam de forma complementar nas mudanças de “mind set” de indivíduos e por consequência geram transformações tanto em contextos práticos coletivos quanto individuais.
Na referência de ambiente, refiro-me a todas as experiências que vivemos incluindo contextos culturais, de credos, filosofias formadas, ambientes naturais que envolvem todo nosso Sistema de mundo.
Nunca se fez tão importante, pensar de forma diferente, para construir soluções rápidas e também distintas às que já vivemos.
Quando falamos em busca de novas perpectivas, estamos falando em mudanças de pensamentos, quebra de paradigmas, saídas de zonas de conforto e transformações em hábitos e comportamentos.
A construção de ambiente é fundamental para o alcance de resultados mensuráveis, pois atuam de forma complementar nas mudanças de “mind set” de indivíduos e por consequência geram transformações tanto em contextos práticos coletivos quanto individuais.
Contextos práticos coletivos entenda-se como contextos organizacionais, projetos específicos, grupos de pessoas com propósitos em comum.
Já os contextos individuais, entenda-se por tudo que envole a evolução pessoal, incluindo percepções de valores, competências, hábitos e objetivos para que estes gerem satisfação e sejam projetados nos universos coletivos.
Quero abrir a reflexão para que possamos entender que para melhorar, gerar mudanças, construir novos cenários é fundamental projetarmos nossas experiências em ambientes que fujam do nosso senso comum e possam acelerar o contato à novas perspectivas e soluções.
Grande parte das nossas mudanças estão atreladas às experiências. Para vivermos experiências constantes precisamos da intenção individualizada. E quando não temos a intenção o ambiente pode conduzir esse caminho.
Levando esta reflexão para o contexto organizacional, fica-se mais evidente a necessidade de construirmos experiênciais em ambientes diferentes para que possamos ter insights fora dos padrões mentais já acostumados.
Chiavenato & Sapiro explicam bem quando falam que os padrões mentais tem um poder de influenciar as pessoas a ponto de não enxergarmos as realidades das situações.
Por isso a importância de gerarmos espaços onde aprendizados, trocas e vivências possam propulsar caminhos não imaginados ou jamais pensados.
Com isso fugimos das armadilhas mentais que nos conduzem quase sempre para respostas iguais e soluções similares.
A mudanças acontecem quando nos permitimos aflorar nossas sensações percebendo nossos limites e trabalhando-os na prática.
Fechando minha analise quero trazer o tema do texto para o contexto dos meus trabalhos ligados a coaching e desenvolvimento pessoal.
Dentro do meu trabalho tenho projetado nas estratégias de meus clientes a construção de programas onde a ambientação tem sido fator relevante e significativo nos alcances de resultados.
Construimos os processos indiviuais e coletivos junto aos objetivos estratégicos de cada demanda, as mudanças e experiências a partir do meio, o ambiente.
Assim transitamos por experiências que vão de imersões em lugares não convencionais como Pantanal, Amazonas, lugares naturais, em países como Marrocos e Tailandia, ou seja, ambientes diferentes dos que estão acostumados a vivenciar para resolver problemas, gerar soluções ou criar estratégias.
Assim percebemos um distanciamento da zona comum, potencialzando a aproximação consigo mesmo e com projeções de fato inovadoras ou não presas aos modelos mentais antigos.
Então juntos mediamos e constuímos mudanças a partir de um novo estado, que sem sombra de dúvidas, transformam os objetivos buscados em realidades práticas e aprendizagens que atravessam o contexto organizacional, atuando no indivíduo como ator principal nas transições de futuro.
E você? Onde busca fazer suas mudanças? Sua organização entende que o “choque” ambiental pode gerar insights, inspirações e motivações na prática para todos que participam?
E suas mudanças mais pessoais? Já parou pra pensar que mudar seu contexto pode ser a chave para entender e projetar novas saídas?
Acho que termino com mais perguntas, afinal é a partir delas que toda nossa história foi construída e os ambientes que hoje vivemos formatando.
Zéh Barreto
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